Startup: a marca da inovação
Se você é ligado em inovação, criatividade e grandes ideias, certamente já ouviu falar em startups. Startup é um termo que designa empresas em fase inicial de atuação, que criam produtos e/ou serviços com grande uso de tecnologia, que têm grande impacto no público com rápido potencial de crescimento, de forma escalável (aumentando a receita com rapidez e os custos de maneira mais comedida, gerando maior riqueza). Mas o que startup tem a ver com marca?
Tudo.
As startups geralmente são negócios derivados de ideias que propõem inovações disruptivas. E são inovações que necessitam de comunicação de alto nível para diferenciarem-se dos atuais modelos. A construção de uma comunicação de alto nível passa por duas etapas críticas: definição de um posicionamento – em outras palavras, o “espaço único” que sua ideia ocupará na mente do consumidor e fará da sua ideia algo exclusivo – e de uma plataforma de marca – as diretrizes pelas quais a sua ideia se expressará, construindo uma personalidade autêntica.
Esses são trabalhos vinculados às disciplinas do branding. Uma ideia que não se expressa de forma assertiva morrerá como tantas outras.
Obviamente, a preocupação em lançar produtos inovadores e serviços incríveis ocupa grande parte do dia de um líder de uma startup. E nem poderia ser diferente. Todavia, é essencial refletir e olhar para dentro do seu negócio nesta fase inicial. Pergunte-se: sua startup deseja ser reconhecida pelo produto que vende ou por ser uma ideia inovadora, diferente de todas as outras, com uma proposta de valor única?
Crescimento da startup caminha com o branding
Para Maike Robert, CEO e cofundador da startup AppTicket, da comunidade Alto Tietê Valley e líder do movimento “Jeito Startup“, um grande diferencial das startups é justamente a preocupação com a marca e as disciplinas de branding desde os primeiros passos. “Percebo que dentro do universo das startups, existe sim a preocupação em criar marcas com personalidade. Marcas que provoquem diferenciação na mente do consumidor. Esta é uma grande diferença em relação às empresas iniciantes que seguem modelos mais tradicionais.”.
Em uma das definições dada pelo “pai” do marketing moderno Philip Kotler, “Branding significa dotar produtos e serviços com o poder de uma marca. Está totalmente relacionado a criar diferenças. Para colocar uma marca em um produto, é necessário ensinar aos consumidores quem é o produto batizando-o, utilizando outros elementos de marca que ajudem a identificá-lo bem como a que ele se presta e por que o consumidor deve se interessar por ele”. [KOTLER, 2005: 269/270]. Criar diferenças pode ser dito de outra maneira, como localizar um propósito único.
“Uma marca não se constrói somente por aquilo que a empresa vende. Mas sim, pela forma como as pessoas a percebem.”
É preciso entregar ao mercado uma proposta de valor autêntica. Que atenda aos desejos do consumidor e que, necessariamente, construa uma marca forte. Criar uma marca forte só é possível praticando branding. E em todos os momentos: pensando o seu negócio com a “cabeça” de marca. “O fundador da startup deve se perguntar, olhando para dentro da sua empresa: o que eu faço tem realmente um propósito?”, afirma Maike.
Startups erram. E o erro faz parte
Outro detalhe importante que todos os líderes de startups devem compreender é que todos erram. E erram muito. Grandes marcas centenárias e consagradas erram. Quem está começando, ainda mais. Sua startup eventualmente irá cometer algum deslize na atualização de um produto, na definição de preços com o concorrente, no relacionamento com parceiros ou até mesmo na comunicação com seus clientes.
Em momentos assim, uma marca que construiu um elo consistente, com um bom “colchão de boa vontade”, tendem a ser mais facilmente “perdoadas” pelo consumidor. Criar valor para uma marca é como depositar a todo momento “moedas” no “banco de valor”.
No momento de crise, essas “moedas” vão sendo descontadas e manter a “conta-corrente” no azul é que faz uma marca manter-se relevante. A administração de crise é uma realidade também no mundo das startups. A importância do branding praticado como disciplina contínua em startups mostra seu valor econômico em momentos assim, com a marca “testada” em situações críticas que envolvam a reputação.
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